Meu Nome é Bronson
Para aqueles que tiveram o privilégio de assistir ao espetacular Assassino a Preço Fixo (The Mechanic, EUA, 1972), último filme exibido pelo cineclube 24 Quadros em 2013, e querem saber um pouco mais sobre o imortal Charles Bronson - que deixou uma legião de fãs há uma década, rendemos uma pequena homenagem ao homem de poucas palavras, muita ação e testosterona. Se você curte filmes violentos, certamente ficará curioso para saber conhecer o homem por trás da máscara de frieza homicida. Caso não goste, que pena! Boa parte do melhor
da cinematografia mundial é temperado por balas e porrada
Eduardo Pereira
Charles Bronson (1921-2003): "Poucas palavras e muita ação"
Charles Bronson - cujo nome de batismo era Charles Dennis Buchinski - veio ao mundo em três de novembro de 1921, numa pequena comunidade de imigrantes na Pensilvânia, Estados Unidos. Seus pais eram lituanos que foram tentar a sorte do outro lado do Atlântico. Seu pai trabalhava como mineiro, enquanto sua mãe se ocupava dos afazeres domésticos. No lugarejo no qual o jovem Buchinski cresceu não se falava inglês, razão pela qual Charles só aprendeu o idioma quando foi convocado pelo exército, durante a Segunda Guerra Mundial, quando trabalhou como motorista de caminhão.
De volta à vida civil, Bronson
fez um rápido curso de arte dramática. Logo em seguida, participou de inúmeras produções nas quais encarnava personagens sem muita expressão. Nos primeiros filmes, seu nome não era
nem creditado e quando começou a sê-lo, ele utilizava o sobrenome de batismo. O Bronson com o qual o ator tornou-se internacionalmente famoso surgiu em 1954, por insistência do seu agente à época, que sugeriu-lhe adotar um sobrenome artístico.
Entretanto, mesmo com tal modificação, sua carreira só decolou a partir dos anos 1960, quando participou de Sete Homens e um Destino (The Magnificent Seven, EUA, 1960), um dos melhores western do período. No final dessa mesma década, Bronson se muda para a Europa, onde atuou em faroestes produzidos sobretudo na Itália. Charles ganhou destaque ao viver uma personagem no clássico Era Uma vez no Oeste (C'era una Volta il West, ITA, 1968), filme que lhe abriu as portas para o mercado do Velho Mundo.
No início dos anos 1970, o experiente ator voltou aos E.U.A, logo emplacando um grande sucesso: Assassino a Preço Fixo (The Mechanic, EUA, 1974). Todavia, o filme que o tornaria famoso em nível mundial seria Desejo de Matar (Dead Wish, 1974), trabalho que consagrou definitivamente o "homem de poucas palavras e muita ação", epíteto que marcaria Charles definitivamente.
Na década de 1990, por conta dos efeitos nefastos do Mal de Alzheimer, Bronson gradativamente desapareceu do cinema, migrando para telefilmes nos quais vivia personagens desengonçados que nem de longe fazia jus aos seus
dias áureos no cinema hollywoodiano. Em decorrência da doença, parou de
trabalhar como ator e, em 2003, aos 81 anos, faleceu de pneumonia. Foi-se para sempre uma das referências fundamentais para quem ama filmes de ação.
Valeu Eduardo pelo comentário.
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