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Mostrando postagens de junho, 2013

Trash movie: a arte de se fazer um bom filme ruim

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É inegável que não é qualquer um que consegue fazer um bom filme, menos ainda um bom filme ruim. O quê? Bom filme ruim?! O contra-senso é apenas aparente. Existe, sim, em meio a uma infinidade de bons filmes (e filmes ruins) os bons filmes ruins, não constituindo estes uma categoria intermediária do tipo "hah, quase foi bom", mas remetendo à frases como "É tão feio que é engraçado" ou, melhor dizendo, "É tão ruim que é bom." Platonismos e Aristotelismos à parte, a associação íntima entre beleza e virtude vem sendo questionada há muito tempo e não apenas pelos, digamos, desprovidos de beleza socioculturalmente consagrada, mas por pessoas sensíveis o suficiente para perceber que, se não há propriamente "beleza" (compreendida nos termos da estética clássica) nas coisas não belas, subsiste, por outro lado, nessas mesmas coisas, uma doce e imensa liberdade de exercício do lado out da criatividade, sem recair num olhar  camp eivado de arrogante comi
A REALIDADE NUA E CRUA DE O ÚLTIMO PISTOLEIRO                                                                                                                      Por Eduardo Silva Os grandes filmes nascem, muitas vezes, das grandes necessidades de exprimir ou expressar algo que estava presente no dado momento de sua concepção. Um dos filmes no qual podemos ver isso com muita clareza é O Último Pistoleiro (The Shootist, EUA, 1975), dirigido pelo mestre Don Siegel e que  marcou a despedida das telas do eterno cowboy do cinema americano John Wayne, que era conhecido nos sets como Duke. Neste filme o veterano ator de faroestes interpreta John Bernard Brooks, um velho pistoleiro que, depois de uma longa vida marcada por vários assassinatos, decide volta para a sua cidade natal, sentindo muito mal, por causa de dores insuportáveis. Ao voltar à cidade, se consulta com um medico (que é interpretado pelo ator James Stewart), o qual descobre que Brooks tem um câncer em estado avançado
FAROESTE A MODA ITALIANA                                                                                                                           No começo dos anos 60, os filmes de faroeste nos Estados Unidos eram ainda produzidos. Mas tinham perdido muito do seu glamour de décadas anteriores. Por isso, os seriados para a TV americana sobre o gênero faziam mais sucesso do que os filmes para grande tela. Aparentemente, o faroeste no cinema passava por uma crise sem precedentes, com exceção dos filmes de Western estrelados John Wayne, que ainda faziam um imenso sucesso entre o público. Foi a partir dessa crise que se abateu no gênero de faroeste nos Estados Unidos que na Europa começou a surgir os primeiros filmes de Western, que eram produzidos em países como Alemanha e Itália. O Primeiro filme que apareceu foi uma produção de origem alemã chamada Der Schartz im Sil (O Tesouro dos Renegados) de 1963 dirigido por Harald Reinle e estrelado pelo ator de origem americana Lex Bark