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Mostrando postagens de julho, 2013

Mostra: um discreto olhar sobre Robert de Niro - correção da programação

A mostra Um discreto Olhar Sobre Robert de Niro, que começa nessa sexta, na Vila das Artes, terá uma alteração em sua programação original: em decorrência do feriado do dia 15 de agosto, em Fortaleza, não teremos exibição no dia 16, quando, provavelmente, a Vila das Artes não funcionará. Então, segue a programação atualizada: Saudações - dia 2 de agosto de 2013 Tempo de despertar - dia 9 de agosto de 2013 Culpado por suspeita - dia 23 de agosto de 2013 Desafio do Bronx - dia 30 de agosto de 2013

SAUDAÇÕES: O CARTÃO DE VISITAS DE ROBERT DE NIRO

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Em 1965, o ainda jovem e desconhecido Ator Robert De Niro começava a trabalhar no segundo filme de sua carreira, que foi intitulado Saudações ( Greetings , EUA, 1965), o qual foi dirigido por Brian De Palma em sua primeira experiência como diretor.   O enredo do longa gira em torno da estória de três jovens nova-iorquinos que são convocados (ou forçados) pelo exercito americano para lutar no Vietnã. Entretanto, um dos jovens decide que não quer servir aos interesses do governo americano e tenta, com ajuda dos amigos, encontrar uma solução para que isto não aconteça. Os personagens são vividos pelos atores Jonathan Warden (Paul Shaw), Gerritt Graham (Lloyd Cray) e Robert De Niro (Jon Rubin). Este é o primeiro papel principal de Robert no cinema. Na realidade, o filme tenta mostrar, a partir da vida das personagens principais, o turbilhão de problemas que os jovens da sociedade estadunidense viviam por causa de uma guerra sem sentido, os quais se expressavam na forma de uma paranó

Robert de Niro é o tema da mostra do mês de agosto

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Prestes a completar 70 anos de vida o ator, diretor e produtor norte-americano Robert de Niro ganha retrospectiva especial na Vila das Artes no mês de agosto - quando Robert completará setenta primaveras -, sob uma perspectiva diferente, contemplando filmes menos conhecidos do artista. O Grupo 24 Quadros apresenta a mostra Um Discreto Olhar Sobre de Niro Robert de Niro: tema da mostra do Grupo 24 Quadros em agosto Datas redondas são sempre simbólicas, prevenindo-nos tanto do inexorável passar do tempo quanto da necessidade de manter, de alguma forma, passado e presente integrados, um lembrando ao outro de que o futuro e o devir só serão possíveis quando houver o diálogo e a compreensão mútuos, quando o passado puder informar e iluminar o presente e não apenas servir para, teoricamente, mostrar o que "foi" (o tempo é fluxo, não compartimento) e preservar fatos e personagens ultrapassados pela própria dinâmica da história.  Os 70 anos de nascimento do ator no

Novos realizadores: Gabriela Pichler

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A sueca de origem eslava é um dos novos nomes da cena audiovisual da Suécia, país que legou ao mundo da sétima arte nomes como o de Ingmar Bergman e que já foi um dos grandes centros produtores do continente europeu. Não obstante sua reconhecida qualidade de vida e nível de desenvolvimento econômico, o pequeno país escandinavo ainda apresenta uma estrutura de classes típica de qualquer país capitalista e uma marcante discriminação contra imigrantes estrangeiros. O desemprego e a falta de perspectivas são os principais temas do seu filme de estréia, Eat, Sleep, Die , que aborda os dilemas de uma jovem desempregada. Gabriela, que exibiu seu filme no segundo Festival Internacional de Cinema de Brasília, concedeu a seguinte entrevista ao blog do Grupo 24 Quadros Gabriela Pichler 24 Quadros: Eu lí que você trabalhou em uma fábrica antes de se tornar cineasta. Como foi essa experiência e qual influência ela teve na sua visão de mundo enquanto mulher e artista? Gabriela:

Entrevista: a cultura trash segundo Siobhan Lyons

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A Australiana Siobhan Lyons é responsável pelo trashculturejournal.wordpress.com, site acadêmico dedicado exclusivamente à cultura trash. Doutoranda em Mídia e Estudos Culturais pela Macquerie University - uma das melhores instituições de ensino do gigante da Oceania - Siobhan se mostra interessada em questões associadas às investigações à respeito da cultura trash ,tal como a hierarquia do consumo, a razão de alguns produtos serem mais valorizados que outros e a cultura da celebridade. Nessa entrevista, Siobhan oferece elementos interessantes para a compreensão da cultura trash, cada vez mais relevante em nível acadêmico A australiana Siobhan Lyons 24 Quadros: Você poderia se apresentar aos nossos leitores? Quando e porquê você se interessou pela cultura trash ? Siobhan: Sou pós-graduanda na universidade Macquerie (Austrália), e estou concluindo minha tese de doutorado em Mídia e Estudos Culturais, abordando a autoria da celebridade. Desde o início da minha pesquis

Náusea total: irresistível porcaria trash

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Qualquer aspirante a diretor de cinema, sobretudo o mais inexperiente e imaturo, acalenta o desejo de ser reconhecido e, naturalmente, quer chegar ao mundo da sétima arte com tudo, deixando a crítica especializada de quatro e tornando o público apaixonado e fiel.  A bem da verdade, quase nunca as coisas acontecem dessa forma. Mesmo cineastas de renome, como Stanley Kubrick (1928-1999), em seu début no mundo da sétima arte, sofreram para ganhar alguma atenção tanto da crítica quanto do público, o que, antes de se tornar numa inútil fonte de sofrimento, os estimularam a fazer trabalhos mais sofisticados, os quais, pouco a pouco, em maior ou menor medida, tornaram-lhes nomes dignos de figurar na história do cinema. Claro, nesse contexto, havia a intenção de se realizar uma obra digno de nota. Agora, o que dizer de alguém que, enquanto principiante, já começa com o pé enfiado no lado "B" do cinema - e com todo orgulho? Louco? Idiota? Não: gênio, como poucos, já que esta é um

A louca corrida do ouro: bang bang trash

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O faroeste, um dos gêneros mais tradicionais da história do cinema norte americano - só para se ter uma idéia, o primeiro curta e o primeiro longa rodados na então recém-nascida Hollywood eram westerns - alimentou o imaginário de muitos cinéfilos ao longo das décadas em que ele se fixou entre os mais populares da indústria cinematográfica americana - conhecendo vertiginosa queda a partir da segunda metade do século passado. Fica difícil dissociar o bang bang de figuras másculas como Lee Marvin ou o fascinante John Wayne, de ambientes inóspitos, desérticos e calorentos, e de belas mulheres, como a estonteante Claudia Cardinale e outras beldades que só ajudam a caracterizar o western como um gênero "másculo" por excelência.  Divine, a "mocinha" de A louca corrida do ouro John Wayne deve ter se revirado no túmulo quando surgiu A louca corrida do ouro ( Lust in the Dust, EUA, 1985), avacalhação explícita com o faroeste capitaneado pelo diretor Paul Batel (1

O ATAQUE DOS TOMATES ASSASSINOS: UM FILME RUIM À PROCURA DE UM BOM DIRETOR

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A genialidade demanda tempo (um determinado tempo) para ser reconhecida e só pode ser compreendida enquanto tal quando há termos de comparação suficientes para não deixar margem de dúvidas em relação ao seu caráter singular. No mundo da cinematografia trash, o gênio de um Ed Wood fica muito evidente pela maneira como os seus trabalhos, sobretudo sua obra-prima, Plano 9 do Espaço Sideral (Plan nine from outer space, EUA, 1958) , apresentam uma unidade que conquista a atenção e o interesse do espectador, não obstante os inumeráveis defeitos (mesmo?) que tornaram-no, injustamente, conhecido como um dos piores filmes de todos os tempos. Tal substância resulta de uma fórmula de elementos relativamente simples, mas cada dia mais escassos no mundo do cinema: criatividade, espontaneidade e... amor. John de Bello: o diretor de O Ataque dos Tomates Assassinos Digo e repito: é preciso ser bom para fazer um bom filme ruim. Quer a prova? Confronte Plano 9 do Espaço Sideral com O Ataque dos

Mostra O Bom do Ruim: Trash movies

A partir de hoje o público poderá prestigiar a nossa primeira mostra dedicada ao trash movie . A mostra O bom do ruim: trash movies procura apresentar um panorama representativo de um dos mais incompreendidos, amados e cultuados sub-gêneros da história do cinema, o qual possui longa tradição na sétima arte. Para começar, apresentaremos um clássico absoluto do gênero, Plano 9 do Espaço Sideral (Plan 9 from Outer Space, EUA, 1958), com direção assinada pelo "pior diretor de todos os tempos", o fantástico Ed Wood. Nas próximas semanas, ainda teremos, O Ataque dos Tomates Assassinos (Attack of the killer tomatoes, EUA, 1978), A louca corrida do ouro (Lust in the Dust, EUA, 1985) e Náusea Total (Bad Taste, NZL, 1983). As exibições ocorrerão durante todas as sextas do mês de julho, a partir das 18h30min, na Vila das Artes, situada na Rua 24 de Maio, 1221, Centro. 

Plano 9 do Espaço Sideral: cada filme tem o diretor que merece

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Não havia nada de especial no frio 10 de outubro de 1924, em Poughkeepsie, Nova York, quando Edward Davis Wood Jr. veio ao mundo, como o filho varão e único do modesto Edward Sr., carteiro, e de Lilian, (presumivelmente), dona de casa. Aliás, parece não ter havido mesmo nada de notável nesse dia no resto do mundo, salvo o fato - um tanto insuspeitado - do natalício de Charles Edmund Dumaresq Clavel, mais conhecido como James Clavell (1924-1994), reputadíssimo escritor e diretor anglo-americano que se destacou em filmes como Ao mestre com carinho e A mosca da cabeça branca, este, refilmado nos anos 1980, por David Cronenberg. Felizmente, Edward (apesar do nome pomposo) não seguiria a respeitável carreira do seu colega de profissão. Enquanto James recebia excelente instrução em seculares instituições britânicas, Ed tinha que viver sob o conflito de identidade advindo da perturbação da sua mãe, que, decepcionada com o fato de não ter tido uma menina, vestia o pobre garoto com roupas