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Mostrando postagens de outubro, 2013

POST-MORTEM: O pior das ditaduras é o que elas fazem com as nossas cabeças

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Este é um pequeno ensaio sobre Post-Mortem, o primeiro filme de Pablo Larraín que exibiremos dentro da retrospectiva dedicada a esse grande talento latino-americano da sétima arte Post-Mortem (2010): a loucura de um período negro Gabriel Petter Certa feita, entrevistando um ex-militante de esquerda que sofreu torturas durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985), ouvi algo que, de tão impressionante, parecia ser fruto de uma imaginação prodigiosa. O agora professor universitário e artista dedicado à cultura popular me disse que, durante o tempo em que sofreu diferentes tipos de tortura nas dependências de uma delegacia na capital cearense, "pirou"de tal forma que, no auge das suas alucinações, imaginava que os militares haviam implantado um chip na sua cabeça e que não adiantava esconder nada, pois os mesmos seriam capazes de ler seus pensamentos.  Este é um relato que pode dar a dimensão do que há de pior nas ditaduras, em quaisquer modalidades e em

Um faroeste bem coreano

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  Homenagem ao clássico de Sergio Leoni Os Invencíveis será exibido hoje, na Vila das Artes, dentro da mostra de setembro do Grupo 24 Quadros, dedicada ao cinema sul-coreano contemporâneo Os invencíveis: homenagem bem-humorada ao western spaghetti Por Eduardo Pereira   Corria o ano de 1966 e o público ao redor do mundo se deslumbrava com o filme Três em Homens em conflito ( Il buono, il brutto e il cattivo , ITA/ESP, 1966), do então jovem diretor Sergio Leoni (1929-1989). O longa marcava o final da trilogia dos dólares, que rendeu ao italiano o titulo de cineasta que ressuscitou o western . Isso só ocorreu porque Sergio se valeu de um roteiro onde ação e tensão foram muito bem equilibrados, levando as atuações dos protagonistas a níveis de qualidade nunca antes alcançados nesse tipo de filme. A trilogia dos dólares inspirou muitos cineastas mundo afora a criarem filmes que tentaram trazer esse clima, mas poucos lograram êxito na empreitada. Leoni

Entrevista: Pepe Moreno

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A lenda viva dos quadrinhos e dos jogos para computador falou, com exclusividade, para o blog do Grupo 24 Quadros. Há mais de duas décadas longe do universo das Hq's, o hispano-americano Pepe Moreno, 59 anos, revela, ao longo dessa entrevista, os bastidores de produção de Batman: digital justice e explica os detalhes da sua reinvenção enquanto artista e empreendedor no universo dos videogames. Fala ainda sobre seus mais significativos trabalhos, iluminando aspectos pouco conhecidos em relação a sua obra, dada a escassez das suas entrevistas. Esta, aliás, é a primeira que Pepe concede a um veículo de imprensa brasileiro  Pepe Moreno: pioneiro do discurso Gabriel Petter e Eduardo Pereira "A simplicidade é o último grau de sofisticação" (Leonardo da Vinci) "Claro, será um prazer." Com esta simples frase, Pepe Moreno, artista determinante na transição do papel para o computador como meio de produção de estórias em quadrinhos - e responsável