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Mostrando postagens de novembro, 2013

Fuga: Retrato de Larraín Enquanto Debutante

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  O primeiro filme de Pablo Larraín pode ser visto como uma obra à parte na filmografia do diretor e produtor chileno, mas já apresenta elementos do grande talento de um dos maiores nomes da nova geração de realizadores latino-americanos. O filme será exibido nessa sexta-feira, na Vila das Artes   FUGA (CHI/ARG, 2006), de Pablo Larraín: retrato de um artista enquanto (mais) jovem   Há duas coisas que vêm imediatamente à cabeça de quem assiste Fuga (Idem, CHI/ARG, 2006), début de Pablo Larraín como diretor de cinema: a primeira é que, de fato, quase nunca os primeiros filmes de ninguém são os melhores. A segunda é que ainda está por se fazer um grande filme envolvendo o universo musical. Para quem assistiu à trilogia que o realizador chileno dedicou ao período ditatorial em seu país, Fuga soará como algo à parte em sua filmografia. Isso não quer dizer que se trate de um filme ruim. Há coisas nele que estetas provavelmente apreciarão e desejarão assimilar nalgum trab

NO: a estranha solidão da vitória e da derrota

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O último longa do cineasta Pablo Larraín dedicado ao período ditatorial no Chile é uma autêntica obra-prima do cinema latino-americano contemporâneo. Indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2012, No: Adeus, Sr. Pinochet, será exibido na sexta-feira, dia 22 de novembro, dentro da retrospectiva dedicada ao diretor chileno, um dos maiores nomes do cinema latino-americano contemporâneo     NO: ADEUS, SENHOR PINOCHET: a vitória e a derrota são solitárias Gabriel Petter   Qual é a semelhança entre Mário Cornejo, Raúl Peralta e René Saavedra? Em primeiro lugar, todos os três são personagens da trilogia que o diretor Pablo Larraín dedicou aos anos da ditadura militar no Chile. Apesar das diferenças mais evidentes - Mário é um homem que transita entre o altruísmo e a indiferença; Raúl é um psicopata cruel; René é um jovem inteligente, sofisticado, equilibrado financeira e emocionalmente -, substancialmente, esses três homens, cujos caminhos provavelmente nunca se cruzara

Tony Manero: o estranho e encantador longa de Pablo Larraín

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O filme que iniciou a bem-sucedida carreira de Pablo Larraín em festivais internacionais e a trilogia que o diretor chileno dedicou ao período ditatorial em seu país é uma obra que perturba o espectador, confrontado pela personalidade bizarra e carismática da personagem principal, encarnada antologicamente por Alfredo Castro. Tony Manero será exibido, excepcionalmente, na próxima quinta-feira, dentro da mostra retrospectiva dedicada ao diretor e produtor chileno Pablo Larraín   Cena de Os Embalos de Sábado à Noite ( Saturday Night Fever, EUA, 1978):a personagem principal intitula o longa de Larraín e obseda seu protagonista Gabriel Petter    Raúl Peralta não é um homem normal. Isso fica evidente logo nas primeiras sequências de Tony Manero (Idem, CHI/BRA, 2008), o segundo longa-metragem dirigido por Pablo Larraín e o primeiro da trilogia que o diretor dedicou ao período ditatorial no Chile - 1973/1990. Homem de meia-idade, sem ocupação definida, Raúl vive com a namo