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Mostrando postagens de 2014

DESCORTINANDO MISS DAISY

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Uma obra à parte na filmografia sobre o racismo nos Estados Unidos, Conduzindo Miss Daisy  será exibido nessa sexta-feira, dia 28 de novembro, no auditório da Vila das Artes. Se você ainda não assistiu a esse filme, e muito menos ouviu falar de Jéssica Tandy, não se desespere: nosso Eduardo Pereira, um dos maiores cinéfilos desses brasis, desvendará todos os segredos dessa pequena pérola lançada há quase trinta anos   Morgan Freeman, Jássica Tandy e Dan Aykroyd: estória de racismo velado, eivado de cordialidade do sul estadunidense é o mote de Conduzindo Miss Daisy Por Eduardo Pereira A primeira vez que assisti ao filme Conduzindo Miss Daisy ( Driving Miss Daisy , EUA, 1989), tive a impressão que via um filme que se constrói pelas lindas e tocantes atuações do casal de idosos  representado por Jéssica Tandy (oitenta anos, à época) e Morgan Freeman - apenas 52 anos em 1989, mas envelhecido por sofisticada maquiagem artística. Assistindo-o novamente, pouco tempo atrás, minha

GATA EM TETO DE ZINCO QUENTE: QUANTO MAIS TEATRAL MELHOR? MESMO?

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Celebrado filme da dupla Elizabeth Taylor e Paul Newman será exibido nessa sexta-feira no cineclube 24 Quadros, dentro da mostra O Teatro vai ao Cinema, em cartaz durante todo o mês de novembro. Em texto assinado por Gabriel Petter, um pouco de análise sobre um filme complexo, que ora beira ao cinema, ora ao teatro, parecendo não se decidir por nenhum dos dois Paul Newman e Elizabeth Taylor em Gata em Teto de Zinco Quente : fiéis ao script Por Gabriel Petter Sinto certa perturbação quando assisto a filmes como Gata em Teto de Zinco Quente ( A Cat on a Tin Hot Roof , EUA, 1958 ), algo comum à experiência de assistir àqueles espetáculos teatrais avant-garde  repletos de parafernálias audiovisuais.   No segundo caso, uma das expressões artísticas mais antigas da humanidade parece se ressentir da falta de alguma "modernidade", procurando desesperadamente se atualizar - como se apenas novas tecnologias pudessem informar  sobre o moderno; no primeiro, o problema

Robocop: quando o presente ainda não era distópico

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  Assistir a Robocop é sempre uma experiência excitante. Nessa sexta teremos o prazer de apresentar ao público essa obra-prima do sci-fi moderno, atualíssima nestes tempos de Brasil com várias cidades entre as mais violentas do mundo. Duvida?Então leia o texto a seguir, compartilhe-o e assista ao filme no conforto de um auditório e em tela grande, na Vila das Artes Robocop (1987): obra-prima do sci-fi moderno, será exibido nessa sexta, no cineclube do Grupo 24 Quadros "You have the right to remain silent. Anything you say can be used against you". Por Gabriel Petter  Robocop (EUA, 1987) foi um dos filmes da minha vida. Não tive o prazer de assisti-lo no cinema, mas numa modesta cópia em fita VHS, no videocassete de uma tia materna, em cuja casa às vezes eu passava finais de semana ou parte dos recessos escolares. Naquela época (primeira metade dos anos 1990), Fortaleza ainda era uma cidade onde o imaginário da violência armada se restringia a alguns bairros

Conta Comigo: um filme com mais de nostalgia e menos de anos 80

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Um filme à parte no contexto do Blockbuster Fever da década de 1980, Conta Comigo será orgulhosamente exibido nessa sexta-feira, dia 16 de outubro, dentro da nossa mostra dedicada aos clássicos de um dos melhores períodos para o cinema comercial de todos os tempos. Em texto assinado por Luca Salri, o leitor pode compartilhar um pouco da fascinação que tornou este filme, para quem o assistiu, numa das raras experiências que só a sétima arte pode oferecer A turma no set de filmagem: fazendo um filme à parte em meio à onda dos arrasa-quarteirão “♪ E se a gente se falar/contar as coisas que viveu/ O que esperamos do amanhã/será que pode acontecer?♫” (“River Phoenix –canção para um jovem ator” Milton Nascimento) Por Luca Salri     Nos anos 80, o cinema de Hollywood consolidava os chamados blockbusters - fenômeno iniciado na década anterior por Steven Spielberg e George Lucas. Os filmes “arrasa-quarteirão” eram lançados no verão americano e tinham forte marketing p

DE VOLTA ÀS ORIGENS

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Motoqueiros te lembram velhinhos barbudos com surrados casacos de couro puído nesses tempos de muito make up e madeixas alisadas? Ok, sua imagem não é das mais "modernas", mas na década de 1980, em meio ao caos instalado pelo Neoliberalismo de um lado e a recessão econômica de outro, essa figura rebelde por natureza - com ou sem causa - fazia todo o sentido. Responsável por grandes outras cinematográficas (e outras nem tanto), Francis Ford Copolla soube como poucos captar o espírito desse tempo num filme despretensioso que marca a estreia do seu sobrinho, o (ator?) Nicholas Cage - à época Nicholas Copolla - no cinema. Em texto assinado por Eduardo Pereira, um pouco mais dessa pequena obra esquecida em meio a uma grande época para os arrasa-quarteirões Selvagem da motocicleta será exibido nessa sexta-feira, dia 10 de outubro, no cine-clube 24 Qaudros, na Vila das Artes   Por Eduardo Pereira Após concluir Apocalipse Now (Idem, EUA, 1979), o diretor Francis Fo