Entrevista: Eduardo Pereira

O curador da mostra Fritz Lang: o poeta do medo, Eduardo Pereira, fala um pouco sobre o mestre alemão e sua obra, situando o público que terá a honra de conferir, neste mês de fevereiro, parte da filmografia do diretor em sua fase hollywoodiana.
 
R: O que te inspirou a escolher o diretor Fritz Lang como tema de uma mostra cinematográfica?
 
E. P: A principio homenagear este grande diretor alemão e  também mostrar os filmes que pertencem a sua fase americana, que é muito pouco conhecida do público em geral.
 
R: Por quê você resolveu focar na fase norte-americana de Lang?

E. P: Acho que para desmistificar o diretor expressionista e mostrar que Lang também fez muito bem filmes de cunho comercial que conseguiam levar em sua concepção uma qualidade artística que não ficava devendo em nada a sua fase expressionista.

R: Na sua opinião, o que o trabalho do cineasta alemão expressa de mais importante?
 
E. P: Lang em seus filmes expressa com muita convicção o verdadeiro papel que o medo, a raiva e a vingança têm como elementos básicos em uma construção de um retrato fiel de um determinado recorte de realidade que pode ser vivida por qualquer um de nós que vivemos em sociedade, ou seja, Lang calcou sua obra no humano e não simplesmente em personagens que vivem uma ação em um determinado tempo e espaço.
 
 
Eduardo Pereira é um dos membros fundadores do Grupo 24 Quadros e tem longa atuação no campo do cinema e audiovisual no Ceará.
 
 
E a mostra Fritz Lang: o poeta do medo segue pelo mês de fevereiro de 2013: no dia 15, será exibido o longa Almas Perversas (1945) e no dia 22 de fevereiro o longa Os corruptos (1953). As exibições ocorrem no auditório da Vila das Artes, situada na Rua 24 de Maio, 1121, Centro (Fortaleza), próximo à Praça da Bandeira, às 18h30min, com mediação do curador. 

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